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Dia de ação sobre o Velho Chico




Escrito por: Daniela da Silva Souza, Mariana Macário de Lira Santos & Elaine Maiara Bonfim Nunes

Publicado em: 27/05/2019



        No dia 27 de maio de 2019, o Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga (CRAD) realizou m evento muito especial “o Dia de ação sobre o Velho Chico”. Com uma programação destinada para as questões sócio-ambientais do Rio São Francisco com a participação da comunidade ribeirinha, pescadores e pequenos agricultores, acadêmicos e sociedade civil.

         Durante o evento Tivemos a oportunidade de mostrar os projetos desenvolvidos no CRAD como os laboratórios e as coleções científicas de xiloteca, carpoteca, sementes, herbário e coleção viva, onde ocorreu intensa a troca de conhecimentos científicos e populares.  A universidade oferece a comunidade, uma prestação de contas do que é realizado no dia a dia e atua para integração no contexto acadêmico.

           Pela manhã foi realizada uma visita técnica no CRAD com a presença do vice-reitor da Univasf Télio Nobre Leite. Á tarde ocorreu uma mesa redonda  com os palestrantes, Maria Alice Borges da Silva, de Juazeiro-BA, da associação de pescadores e pescadoras da lagoa do Curralinho/Itamotinga; Hermes Novais Neto de Santa Maria da Vitória-BA, do Oeste da Bahia; Zacarias Ferreira da Rocha de Casa Nova-BA, da Articulação de fundo e fecho de pasto da Bahia e Dona Maria Tumbalalá da região de Curaçá e Abaré - BA representando o povo indígena Tumbalalá. Na ocasião foi discutida a situação atual do Rio São Francisco, o papel da comunidade e universidade na construção de estratégias de revitalização do rio e entornos. 

 

Figura 1. Visita técnica ao CRAD e mesa redonda.

Figura 1. Evento: Dia de reflexão sobre o Velho Chico. Visita técnica ao CRAD e mesa redonda.

          "No contexto do Vale do São Francisco, onde a riqueza da vegetação local trava embate com o desenvolvimento urbano e do agronegócio, o CRAD se apresenta como amostra preservada do passado e chance de revitalização do futuro, com a manutenção da memória das espécies naturais. Estudos de diversidade biológica precisam ser embasados em provas documentais. No caso dos estudos de florística e taxonomia, por exemplo, tais provas documentais estão depositadas em forma de coleções botânicas, como as do CRAD. Essa estratégia de longo prazo irá atender a comunidade acadêmica, sendo um investimento contínuo na formação de profissionais e pesquisadores habilitados na preservação do acervo biológico e genético das riquezas da Caatinga. Conhecer o CRAD foi poder ver os problemas do Rio São Francisco e da vegetação do Vale apresentados por pessoas que conhecem essa realidade de perto. Graças à visita, pudemos destacar os desafios de preservação e discutir possíveis soluções, como ações em defesa do Velho Chico e revitalização das áreas e espécies vegetais já atingidas pela ação do homem. A visita ao centro se fez muito válida a nós, estudantes e pensadores ainda na graduação, por ser uma experiência engrandecedora que gerou em nós o senso de responsabilidade ambiental e, assim, muito contribuiu com o futuro da preservação local do Vale do São Francisco." Giovana Ferreira (Graduanda de Medicina/UNIVASF).

       "Os aspectos mais marcantes para mim, em primeiro lugar, é a sintonia homem natureza, em que é perceptível nas plantas a “gratidão” por receber o mais delicado cuidado, se expressando através das suas cores e da sua paz exalada no ambiente esse agradecimento. Outro fator que me marcou, não menos importante foi a alegria dos que ali trabalham, e a satisfação em receber visitas, como se fosse uma espécie de mostrar as belezas que é ter o retorno de cuidar do meio ambiente, nos fazendo refletir sobre o que temos feito para valorizar nosso bioma que está ligado intrinsecamente com nossa cultura, com nosso povo e porque não com nossa individualidade que é modelada por nossa natureza regional. Nesse sentido, pode-se confirmar a importância dessa visita, de cunho crítico mas que nos tocou o coração, afinal o contato com a natureza junto ao afastamento dos meios tecnológicos nos faz bem, trás a paz e nos faz prestar atenção em cada detalhe daquele local. O aspecto negativo, na verdade, não diz respeito ao local, mas sim ao tempo, poderíamos ter passado mais tempo para conhecermos mais e mais daquele local. Daí surge a importância de novas visitas, a novos Campus, para termos contato com novas pesquisas, lugares e pessoas que nos motivam a valorizar e fazer valer nascer no sertão e estudar para torná-lo cada vez melhor". Daniel Henrique Ramalho Nunes (Graduando de Medicina/UNIVASF)

          À noite no campus centro da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) tivemos uma palestra ministrada por Dom Luís Cappio, intitulada: "Qual o mundo que queremos deixar para os nossos filhos?" e que trouxe profundas reflexões sobre o nosso papel de responsabilidade diante do maior patrimônio da região, o rio São Francisco. Um momento inspirador assim como todo o dia do evento, discutimos, pensamos, refletimos, porém mais do que tudo isso é a ação. O que faremos para defender e conservar o nosso rio? Revitalizar as margens replantando árvores nativas, não jogando lixo nas ruas, cobrando das autoridades da nossa cidade providências para que esgoto não tratado não seja mais jogado diretamente no rio, enfim, precisamos agir.

 

Figura 2. Palestra proferida pelo Dom Luiz Cappio, no campus sede a noite como encerramento do evento.



27/05/2019

Herbário HVASF

O Herbário Vale do São Francisco (HVASF) foi criado em novembro de 2005 para servir de apoio às atividades de ensino e pesquisa da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Tem como objetivo torna-se um dos herbários de referência na caatinga


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Guia de Campo

Didático e com linguagem acessível a estudantes, professores ou mesmo àqueles que gostam de ecoturismo, o o Guia de campo de árvores da caatinga traz fotos e informações curiosas sobre a vegetação desse bioma, cujas belezas e extensão são conhecidas por poucos.


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Registro de Frequência

O registro de frequência foi desenvolvido para auxiliar o acompanhamento de atividades realizadas por alunos no Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas, registrando com exatidão a permanência durante o estágio para confecção do certificado.


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